Por Caroline Sorgi
Na semana da mulher, estamos levantando alguns debates interessantes. Um deles é: o que leva a mulher a ser o grupo que mais busca a análise pessoal? Entre as possíveis respostas, temos a pressão social imposta pela nossa cultura. A de que a mulher “precisa dar conta”.
Praticamente desde o nascimento, as mulheres são confrontadas a ocuparem um lugar de não desejo, de não poder escolher e aceitar apenas o imposto a sociedade, que é o de casar e ter filhos. Ainda na infância, recebem presentes rotulados como feminino, bonecas, panelinhas e casinhas e são incentivadas a desenvolver habilidades domésticas.
Nos dias atuais, com as conquistas de direitos e espaços na sociedade a pressão social imposta sobre as mulheres se multiplicou.
Alguém já perguntou a essa mulher que lugar ela quer ocupar? Ou o lugar que ela pode ocupar? Ou até mesmo, o que ela realmente quer?
São Marias, Fernandas, Carolinas, Joanas, Rosas, que jamais ousaram questionar seus espaços.
Por outro lado, com a tecnologia e os meios de comunicação em massa, a indústria cultural possibilitou que essas mulheres pudessem questionar, questionar um padrão estético e intelectual, questionar o olhar de ‘perfeita’ aos olhos da família, do chefe, do esposo/esposa, questionar quem fez e autorizou essas regras.
Seja no estudos, trabalho, família, e em outros zilhões de lugares, há um sofrimento. Sofrimento de ocupar um lugar que não lhe cabe mais sofrimento de não se saber o que quer, “apenas” um sofrimento.
Essa pressão social é tão velada que gera um cansaço psicológico, ansiedade, depressão, bournout, baixa autoestima e outros problemas.
Se você é mulher e se sente assim, certamente não está sozinha. A psicanálise pode te ajudar a descobrir ou redescobrir, qual é o seu lugar, para poder lidar com todo este turbilhão de sensações e sentimentos.