Perguntas Frequentes

Psicanálise
É o estudo do inconsciente e tem como objetivo trazer à tona (ao consciente) dores, traumas e memórias através da fala. Trata-se de um método terapêutico fundado em 1900 pelo médico neurologista austríaco Sigmund Freud (na ocasião da publicação do texto A Interpretação dos Sonhos). Ele começou a pensar a respeito do sofrimento humano indo além dos sintomas físicos e levando em consideração as dores psíquicas. Freud propôs, então, a “cura pela fala”. A psicanálise entende que o inconsciente é algo que faz parte de todos os seres humanos e que nele estão fragmentos da nossa história dos quais não nos damos conta. Por meio da fala e da associação livre, as ideias são trazidas à baila em uma espécie de fluxo, dizendo tudo que vem à mente, de forma a levar para a superfície questões subjetivas, desejos, conflitos e traumas. Quando esses elementos saem das entranhas da mente e se tornam conscientes, o paciente consegue elaborá-los e compreender a si próprio de uma forma mais completa e aprofundada. O psicanalista tem formação em psicanálise e precisa ter um diploma de terceiro grau, mas este diploma não precisa necessariamente ser em psicologia, ao contrário do que muita gente pensa.

Psicologia
O psicólogo tem formação superior em psicologia, uma ciência que estuda os processos mentais (sentimentos, pensamentos, razão) e teoriza a respeito do comportamento humano. Cabe ao psicólogo realizar psicodiagnósticos e psicoterapia, e ele pode atuar nos campos da psicologia clínica, escolar, social, do trabalho entre outros. Há diversas linhas de abordagem para a psicologia. Ela pode ter como objeto de estudo a consciência (como é o caso da linha humanista), o comportamento (foco da análise comportamental) ou até mesmo a abordagem psicanalítica, que adota os conceitos da psicanálise dentro dos preceitos da psicologia.

Psiquiatria
Trata-se de uma especialização da medicina e só pode ser aplicada por médicos formados. Ela cuida de doenças mentais como psicose, bipolaridade e depressão. Das três formações, apenas o psiquiatra está apto a prescrever medicamentos, porém, um paciente sendo atendido por um psiquiatra pode e deve ter acompanhamento terapêutico paralelo, para que o tratamento seja realmente completo e aborde mais amplamente as facetas da condição mental humana. Cabe ao psiquiatra diagnosticar uma patologia a ser controlada ou curada: nisso, a psiquiatria se assemelha à psicologia e se diferencia essencialmente da psicanálise. Nesta, o diagnóstico não tem a mesma relevância, já que a psicanálise não tem como objetivo “dar alta”, mas sim elaborar questões.
 

O tratamento psicanalítico é indicado a bebês, crianças, adolescentes, adultos, idosos, casais e famílias.

Quando há algum sofrimento psíquico causador de conflitos emocionais ou interpessoais que atrapalham a vida, o cotidiano e a sociabilidade. Ou seja, quando há recorrência de sintomas como tristeza prolongada, irritabilidade, ansiedade, angústia, medo, comportamentos repetitivos e sistemáticos, alucinações etc.

Esse sofrimento psíquico pode não ter causa aparente ou ter sido provocado por algum evento traumático ou consumo abusivo de substâncias.

O tratamento psicanalítico também é adequado para enfermidades psicossomáticas – aquelas sem causa orgânica claramente detectada.

A psicanálise possui certas particularidades em relação a outros tratamentos psicoterapêuticos.

O processo psicanalítico acontece basicamente pelo uso da palavra e o fluxo contínuo de ideias livremente colocadas por aquele que procura o tratamento. Suas produções imaginárias, seu modo de se posicionar diante do mundo, seus sintomas e sofrimento, tudo isso é material de trabalho para a dupla analista-paciente. Ao analista que atende cabe escutar e apontar, no discurso da pessoa atendida, os elementos que lhe escapam e que o ajudarão a recompor sua própria história de um ponto de vista diferente do habitual, de maneira a olhar para seu sofrimento psíquico de uma perspectiva diferente da qual vem fazendo.

O tratamento psicanalítico, por não ver o sofrimento necessariamente como uma doença, não pretende de imediato eliminar sofrimentos, mas proporcionar ao sujeito a ampliação de sua compreensão acerca de porque faz o que faz e de que modos isso o afeta emocionalmente, produzindo seus sintomas.

Em outras palavras, segundo a visão psicanalítica, rever o passado produz uma mudança subjetiva capaz de modificar um futuro que se delineava sombrio pela repetição de sintomas não adequadamente elaborados.

Bebês, crianças e adolescentes também são suscetíveis ao sofrimento psíquico. Por exemplo: bebês que choram em excesso, recusam alimentação e dormem com dificuldade; entre crianças e adolescentes também pode haver recorrência de sintomas como tristeza prolongada, irritabilidade, ansiedade, angústia e medo, além de possíveis dificuldades no aprendizado, agressividade, dificuldade de concentração e (entre os adolescentes) abuso de substâncias.

 

Os bebês são atendidos juntamente com seus pais e as intervenções terapêuticas se dão nos vínculos e na dinâmica familiar.

Já as crianças, a expressão da linguagem se dá por intermédio de jogos e brincadeiras que propiciam acesso às suas produções imaginárias, seu modo de se posicionar diante do mundo, seus sintomas e sofrimento.

Quanto aos adolescentes, o processo terapêutico também acontece pelo uso da palavra e o fluxo contínuo de ideias livremente colocadas por aqueles que procuram o psicanalista nesta faixa etária.

É variável a quantidade de dias por semana em que se deve dar o tratamento, por motivos análogos àqueles relacionados à sua duração, e também em função do projeto de análise que o analista desenvolve especificamente para cada pessoa. Entendemos que a frequência não deve ser inferior a uma vez por semana, podendo-se definir frequências maiores que não necessariamente se relacionam com gravidade e urgência do caso.

Os preços são tratados individualmente com a pessoa atendida e devem corresponder à valorização do processo de análise pelo interessado.

As pessoas procuram uma análise por questões que lhes são as mais íntimas e caras. Portanto, trata-se de construir os preços individualmente tendo como premissas a valorização do processo de análise e sua sustentação no tempo que for necessário.

 

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